domingo, 20 de junho de 2010

Espanha impõe a lei do mais forte e vence em Guadalajara

Nuno Grilo (POR) A Espanha venceu esta tarde Portugal por 33-25, em jogo da segunda mão do ‘play-off’ de apuramento para o campeonato do Mundo de 2011, que vai disputar-se na Suécia. Depois da ‘meia-surpresa’ que constituiu o resultado do jogo da primeira mão, disputado em Lisboa, os espanhóis fizeram valer os seus atributos e construíram um triunfo que lhes garante a presença na fase final do ‘mundial’.

Portugal entrou com Hugo Figueira na baliza; Dario Andrade e David Tavares nas pontas, Cláudio Pedroso Fábio Magalhães e Nuno Grilo ao centro e José Costa na posição de pivô. João Lopes e Tiago Rocha substituíam Nuno Grilo e José Costa nas acções defensivas

Os primeiros minutos foram jogados sob grande equilíbrio com Portugal a não mostrar qualquer receio do adversário. A Espanha passou a primeira vez para a frente aos sete minutos (4-3), muito graças à excelente exibição do seu guarda-redes Sterbik. A meio do primeiro tempo, Mats Olsson começou a refrescar a equipa, lançando Tiago Pereira. Um parcial de 4-0 em seis minutos levou a Espanha até aos 11-6 (21 m.), numa altura em que Portugal esteve oito minutos sem marcar. Fábio Magalhães e Cláudio Pedroso quebraram o jejum, Portugal aproximou-se (11-8) mas a dupla húngara, numa decisão pouco acertada, excluiu Tiago Pereira, pondo ‘travão’ naquilo que parecia ser a reacção lusa. Um golo pleno de oportunidade de Fábio Magalhães permitiu aos portugueses reduzir a desvantagem e ir para o intervalo a perder por 15-11.

A segunda parte começou praticamente com novo erro da equipa de arbitragem húngara que – viu-se na repetição proporcionada pela Televisão espanhola – excluiu mal João Lopes. Repetiu-se um pouco a história do primeiro tempo e, passados alguns minutos de equilíbrio, a Espanha conseguiu a primeira vantagem de seis golos (20-14) aos 37 minutos. Wilson Davyes é chamado às lides mas quem merecia as atenções da defesa espanhola era Cláudio Pedroso que se mostrava o melhor atirador da equipa, chegando a meio do segundo tempo com quatro golos em seis tentativas. A Espanha apostava no contra-atraque e Juanin (Juan Garcia Lorenzana) constituía-se como a maior dor de cabeça para Hugo Figueira. Era pelos extremos que os espanhóis faziam a maioria dos seus golos. A 10 minutos do fim e a perder por nove (27-18), Hugo Laurentino rendeu Hugo Figueira. Portugal nunca baixou os braços perante uma Espanha a quem tudo correu bem.

MISTO DE SENTIMENTOS
Tristes pelo afastamento e felizes pela evolução da equipa


No final da partida, Mats Olsson não escondia um misto de emoções que passava pela tristeza de não conseguir o apuramento para o mundial e a satisfação de ver a sua equipa aproximar-se dos melhores.

“Jogámos contra uma Espanha forte, uma Espanha que sabia que tinha de jogar ao máximo nível para se apurar para o ‘mundial’. Por isso sabíamos que teríamos pela frente uma equipa ao máximo nível para ganhar a Portugal. Fizemos uma primeira parte quase impecável, excepto na finalização, perante aquele que alguns reconhecem como um dos melhores guarda-redes do Mundo. Na segunda parte, a diferença ampliou-se por causa do cansaço e da marcação ao Cláudio Pedroso. Por outro lado, também quisemos utilizar espaços que não conseguimos no ‘um para um’”, refere o seleccionador nacional.

“Estamos muito tristes por não ter conseguido o apuramento mas ao mesmo tempo podemos dizer que contra o sexto classificado do último ‘europeu’, realizado há seis meses, obrigamos a aplicar-se a fundo. Demonstrámos a evolução da equipa. Tivemos a infelicidade do sorteio nos ditar defrontar uma equipa colocada num dos primeiros lugares do ranking’,recordou Mats Olsson.


ESPANHA, 33
PORTUGAL, 25


Multiusos Águas Vivas, Guadalajara, em Espanha.
Árbitros: Csaba Kekes e Pal Kekes (Hungria).
Espanha – Capar Sterbik e Javier Hombrados; Juanin (11), Aguinagalde (4), Vitor Tomas (4), Chema Rodriguez (3), Jorge Maqueda (3), Raúl Enterrios (3), Perales (2), Garabaya (1), Garcia Parrondo (1), Malmagro, Vilan Morros e Carlos Prieto.

Portugal - Hugo Figueira e Hugo Laurentino; Wilson Davyes, Tiago Pereira, João Lopes, Pedro Solha (1), Cláudio Pedroso (6), Fábio Magalhães (2), David Tavares (8), Inácio Carmo (3), José Costa (1), Dario Andrade (2), Nuno Grilo (1) e Tiago Rocha (1).

Marcha do marcador: 4-4 (10 m.); 10-6 (20 m.); 15-11 (30 m.); 21-15 (40 m.); 27-18 (50 m.) e 33-25 (60 m.).

Publicado:

Sexta, 18 de Junho de 2010

0 Comentários ;):